Bonjour Tristesse
M. Daluz Augusto
(In Memoriam)
Quando o teu vulto desapareceu na curva da estrada saliente, um sussurro de vozes fez-se ouvir dentre a espessura. E o regato serpenteante, que deslizava célere no seu leito, como a querer seguir o teu destino, chorou…levando no seu dorso prateado folhas e flores desprendidas das suas hastes esmeraldinas. As flores dos caminhos inclinaram suas corolas soberbas sobre os caules e te osculara a fronte morena. E o zéfiro, trazendo dos bosques o perfume das boninas gemeu…gemeu, nas folhas secas que juncavam o chão… e tu, nem sequer volveste os olhos para as plagas lindas que por ti choravam.
Quando o teu volto amado não mais se divisou na estrada saliente, e nem soou mais o galopar do teu corcel, as flores do caminho inelinharam suas corolas soberbas sobre os troncos e murcharam… Como uma sombra amada, tu passaste uma vez em minha vida, e desde então… nunca mais volveste.
Lulu Augusto –
Ano VII –
Janeiro/1962 –
Número 98
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