Das minhas
Somos seres que respiram, brincam, pulam e choram. Não podemos morrer, não queremos a morte, não podemos ferir as ilusões. O espaço-tempo pode parecer uma escola bastante primitiva. Mas esquecemos que tudo está interligado. E assim, destilamos ódios como massas gasosas impregnando nossas atmosferas vergonhosamente desengrenhadas.
Uma acensãozinha vez ou outra ajuda muito. As perguntas mais simples são as mais profundas. Te ajudam a descobrir aquilo que você já sabe. Depois disto, você segue seu caminho no meio da multidão e retorna ao mundo de fuligem, metais, barulhos, gases combustíveis e – quase esqueci – dos homens.
O escritor Richard Bach prioriza que a marca da ignorancia é a profundidade de sua crença na injustiça e na tragédia. Algo como o que a lagarta chama de fim de mundo, o mestre chama de borboleta. Ou você pensa que está vivo? Se está, não está.
Há momentos que saímos pela bruma avermelhada da noite em busca do nada. Um nada tão tangível que não possui coisa alguma. Tudo depende do ângulo que cada um quer ver o mundo e seus sopros de vida que explodem como lâmpadas feéricas dentro de cada anoitecer.
Sempre estamos tentando ganhar tempo para pensar. Fico cogitando que se soubéssemos o que fazemos, teríamos então a oportunidade magneticamente insondável de construir coisas muito melhores em nossas vidas. Não temos como fugir: se pensamos tanto e ficamos muito aquém do que gostaríamos, ou pensamos de forma erroneamente exacerbada, ou somos mesmo burros absurdamente esganados.
As pessoas aguardam de forma equivocada a hora de ter a chave. Um dispositivo que abra os portões de aço que existem pelo caminho. Mas esquecem que muitos destes portões foram fundidos e chumbados por elas mesmas. E também, que as chaves para a liberdade estão dentro de seus próprios bolsos.
Quando chega o entardecer, a caixa de segredos está prestes a ser aberta. Mistérios estes que se revelam atordoados, sarcásticos. Tem quem não consegue decifra-los. Isto não acontece por serem intrincados. Mas por pela simplecidade crônica.
Raça estranha, mundo estranho. Esfera essa criada por esta espécie que coabita uma terra em que conseguem “desviver”.
Mais uma noite está chegando. Hoje não vou pensar. Que algum maluco faça isso por mim. Até porque meu pensamento não fará falta nas cordas esticadas por aí. As luzes não vão sentir a ausência da minha mesmice. Por outro lado, vou tomar uma e rir um pouco das idiotices. Das minhas, claro.
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Após relatar em depoimento a Sérgio Moro que teria um aneurismo cerebral, Eduardo Cunha negou-se a fazer exames para comprovar o que disse. Sem querer esticar muito, o único aneurisma que esse senhor possui é em suas mãos.
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Indicação de Alexandre de Moraes para vaga de Teori Zavaski no STF é muito bem vista pelo meio jurídico brasileiro. Ao menos não será como Tóffoli que nunca passou em um único concurso e trabalha abertamente para a quadrilha que destruiu o Brasil.
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Vamos torcer para Michelzinho nomear alguém à altura para a vaga de Moraes. Ou seja, na mesma linha “sarrafo nos sanguessugas”.
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