Detran oferece alternativa online para notificações de infrações
Proprietários de veículos do Paraná já podem acessar pela internet as notificações, penalidades de infrações e advertências que, de alguma forma, não puderam ser entregues aos remetentes pelos Correios. No site do Departamento de Trânsito do Paraná (www.detran.pr.gov.br) é possível fazer a consulta dos editais online e, assim, ter direito à defesa, indicação do condutor infrator e pedido de advertência por escrito. “Quando um motorista comete uma infração de trânsito, a primeira opção do Detran é enviar uma notificação para o endereço do veículo. Contudo, ocorrem diversas situações em que os Correios devolvem a notificação, sem conseguir entregar ao devido destinatário. Com isso, eles ficam impedidos de se defender da autuação”, explica o diretor-geral da autarquia, Marcos Traad. A consulta só não é válida para aqueles que tiveram a notificação entregue ou em que foi registrado o retorno por mudança de endereço. Por isso, é importante sempre atualizar o endereço na unidade mais próxima do Detran ou pelo Detran Fácil, na internet. De janeiro a maio de 2016, órgão emitiu 418.460 notificações e penalidades de infrações no Estado e133.896 (32%) foram devolvidas devido a problemas de localização do proprietário do veículo. Os principais motivos apontados são: falta de recebimento (58.566) e número da residência não existente (23.276).
DETRAN FÁCIL – O sistema online do Detran permite, além da alteração de endereço, entrar com recurso de multas relacionadas ao órgão, suspensão e cassação do direito de dirigir. Para isso, o usuário deve preencher o formulário no site e fazer o cadastro em uma unidade da autarquia, uma única vez. Depois de comprovar as informações presencialmente, o cidadão não precisa mais ir ao Detran para fazer os mais de 20 serviços disponíveis digitalmente.
Além do site, o usuário ainda conta com 244 terminais de autoatendimento do Detran em 170 municípios do Paraná. Por meio deles, é possível agendar exames, solicitar documentos, fazer pagamentos e consultas.
René Augusto (In memoriam)
Em Primeira Mão
XX – Março/1974
Edição nº 330
Diagnose do ensino doente
Somente dia 25 do corrente – com um atraso de 25 dias – foram iniciadas as aulas do curso de Administração de Empresa, em União da Vitória. Uma insensibilidade de pasmar para com uma juventude que quer estudar e não encontra apoio, antes, se depara com a incrível mas verdadeira odisséia da falta de sala de aula, adicionando-se também um pouco de falta de carinho, porque houve professor que foi contra que a Administração tivesse aula aqui no centro, somente porque era mais cômodo ficar lá embaixo, no Túlio. Afinal, o ensino em União da Vitória enfrenta uma das maiores crises dos últimos tempos, onde se mesclaram valores de todos os naipes, num quase naufrágio decente, cujo exemplo partiu da própria Faculdade de Filosofia.
Falou-se muito em moralização do ensino em todo o Brasil. Na prática, houve um mínimo de atitudes defensivas da moral educacional. Conta-se que em Porto União, num determinado colégio, uma criança sem idade escolar (cinco anos), mas já sabendo ler, foi matriculada. Paga a taxa de matrícula e outras taxas que sempre aparecem, quando a criança ia para a aula, os pais foram avisados que era impraticável a matrícula devido à idade da criança. Mas tinha uma condição: o dinheiro da matrícula não seria devolvido. Em outro colégio – já em União da Vitória – um professor quis dar um passo maior que as pernas e ficar com aulas que sobravam. Como ele estava com o tempo tomado de 2ª a 6ª, decidiu que haveria aula no sábado, embora a classe já tivesse cumprido dois anos passados o programa de aula aos sábados. Naturalmente houve o motim natural dos estudantes. O professor saiu na sua: “podem vir uns dois ou três que dou comparecimento pra todos”. E notas também. Quer dizer, estavam em jogo apenas o valor monetário que ele perceberia pelas aulas. O ensinamento, a cultura, a educação dos jovens, pouco estava interessando ao mestre, desde que o dinheiro viesse bonito em forma corruptível. Por isso todos crêem principalmente a classe estudantil, no novo ministério da Educação, Ney Braga que tem tudo para curar o organismo doente do nosso ensino.
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