E que…
Pensei em começar essa crônica falando de algumas regulamentações de que a cidade precisa, como por exemplo, a de carros de som e sonorização em lojas, ambas insuportáveis e creio sem nenhuma regulamentação.
Mas vou deixar os temas dessa natureza para o próximo ano.
Hoje quero apenas dizer que espero que em 2015:
Os políticos sejam um pouco menos dissimulados, sejam menos mentirosos, principalmente, com aqueles que os ajudaram em suas trajetórias rumo ao poder.
E que esses mesmos políticos ainda possam aprender que o poder é transitório e que ao compreenderem essa fugacidade, por ele não se inebriem tanto.
E que as eminências pardas, que surgem do nada e agora se tornaram essas tenebrosas figuras, também percebam que o amanhã chega cedo demais e com ele, a obscuridade.
E que a era da virtualidade, da instantaneidade, da impermanencia, continue sua inexorável marcha, mas que desertifique um pouco menos o social, com a percepção do homem, ainda que tardia, de que as relações reais valem muito mais que a inútil troca de impressões, se é que nessas relações com desconhecidos, há troca de impressões.
E que, os que ainda não sabem, aprendam a reconhecer a importância de verdadeiros amigos, para que assim não a percebam somente quando eles estiverem ausentes e como tal, não possam mais nos ajudar a interpretar nossos vazios.
Essas digressões talvez soem pessimistas ou catastrofistas, como rotularam o genial filósofo contemporâneo Jean Baudrillard. Mas não são. São. Um retrato do que vimos neste efêmero 2014. É isso. Desejo aos meus caros amigos e leitores um feliz 2015
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