Educação nos faz bem
Em certa ocasião ouvi uma entrevista da jornalista Leila Ferreira contando o quanto ela ficou indignada com o fato que aconteceu em uma de suas viagens de avião. Ela sentou-se, ajeitou o cinto e pegou seu livro para ler, de repente ela ouviu um teck, teck, percebeu que era barulho de metal, sentiu também alguma coisa branca pular em seu livro, e em seu rosto era o passageiro ao seu lado, um senhor de terno, todo engravatado muito elegante, com certeza, viajando para uma reunião de trabalho no Rio, ele estava simplesmente cortando as unhas, ela ficou perplexa e mostrou sua indignação com a expressão do seu rosto, olhou para ele, que sequer se preocupou, ainda aproveitou para dar uma olhada geral, para ver se as unhas ficaram bem cortadas. Como entrou um cortador de unhas, no avião, também não sei, mas aconteceu.
Há tantos fatos, pelos quais todos passamos, que nos mostram a falta de educação, a qual sempre vem acompanhada pela gentileza e humildade, e quando falta a primeira com certeza, as outras inexistem.
Presenciei, em uma manhã, uma jovem com um cachorrinho, iam pela calçada e atrás seguiam mãe com seu garotinho. De repente, o cachorrinho resolveu fazer as necessidades ali, no meio da calçada, e assim o fez. Terminada a ação ficou a prova exposta na calçada, em seguida a criança pisou com tudo, sem saber o que fazer começou a chorar, a mãe muito indignada e com muita razão, chamou a atenção da garota sobre a responsabilidade de juntar as fezes em uma sacolinha e jogá-la no lixo. A moça simplesmente olhou com desdém para a senhora e disse:- Por que seu filho não olha onde pisa? Segundo Victor Hugo- “Se você quer civilizar um homem, comece pela avó dele.”
Podemos notar a falta de educação da jovem em relação ao acontecido, educação que ela não conhece, pois essa vem de berço, nem cursos de etiqueta dão jeito em pessoa que não conheceu educação com os pais, e os bons conselhos se tornam ineficazes para eles.
Encontramos dificuldades em nos relacionar com pessoas grosseiras, mal-educadas, pois são desprovidas de humildade e gentileza. Podemos afirmar que ser educado é um gênero de primeira necessidade.
Há a justificativa de que o estresse deixa muitas pessoas grosseiras, mas não podemos dar carta branca ao estresse para justificar a falta de educação.
Há um clichê: “Chefe sem educação faz mal ao coração.” Faz parte da competência respeitar seus colaboradores.
“Todo mundo quer salvar o mundo, mas ninguém quer ceder o lugar para os idosos no ônibus.”
Ouvi certa vez, de um professor o seguinte comentário:- “Lecionei literatura por 40 anos, e se meus alunos souberem tudo de literatura, mas não cederem o lugar ao idoso no ônibus, eu fracassei.”
Os alunos aprendem tudo em sala de aula, mas na maioria das vezes esquecem de colocá-lo em prática, fica lindo, mas só na teoria.
De nada valem muitos diplomas, muito poder, muito dinheiro e nenhuma educação. E, é claro que junto vem a gentileza. José Datrino, do Rio de Janeiro, conhecido como “O Profeta Gentileza”, pregava “Gentileza gera gentileza.” Podemos afirmar sem sombra de dúvida que o oposto é verdadeiro também: Grosseria gera grosseria. Quando a educação sai de cena, resta-nos a grosseria, a falta de humildade, e a falta de educação. Insensato é ouvir quando alguém mal-educado, se percebe e justifica com essa pérola:- Sou autêntico.
Nem vou citar certas atitudes grosseiras de pessoas que vivem ou trabalham conosco diariamente. Às vezes, nos surpreendemos quando alguém é gentil, usa sempre a boa educação, sinal de que há esperança e que ser gentil não é frescura é educação. Todos nós, certamente gostamos de ser tratados com educação, pois isso é respeito.
“Pessoas mal-educadas se destacam pela sua arrogância, e as bem-educadas pela sua nobreza.”
Sejamos nobres!
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