Façamos a diferença
Segundo Mahatma Gandhi precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo e nas pessoas. Para que isso aconteça é preciso termos muita coragem, mas não a coragem de luta, de força, mas a que vem do coração. Precisamos ser a diferença ao invés de sermos apenas quem a faz.
“Você deve fazer diferença na vida. Passar pela vida e viver. Participar da Criação e contribuir com alguma coisa.”
Para isso não precisamos ser um político, um grande cientista ou superdotado, pois cada um de nós tem sua forma de contribuir e atuar positivamente na vida.
“Não existe a realidade pronta, existe no homem, a capacidade de realizar!”
Há inúmeras histórias que conhecemos e sabemos que fizeram a diferença na vida de alguém. Ouvindo um discurso, guardei esta mensagem proferida pela pessoa que estava sendo homenageada:
Meu pai sempre dizia:
– Para fazer a diferença você precisa ser persistente e possuir coragem senão acaba sendo como uma bananeira que deu cacho, pois a bananeira só produz um cacho e, é cortada.
Vou registrar um trecho de uma história que com certeza, muitos a conhecem, mas que ilustra bem quando se é o causador da mudança. Não indiquei o autor por não saber, pois só a conheço oralmente.
Professora Teresa no seu primeiro dia de aula parou em frente aos seus alunos da quinta série primária e, como todos os demais professores, disse-lhes que gostava de todos igualmente. No entanto, ela sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um pequeno garoto chamado Ricardo. A professora havia observado que ele não se dava bem com os colegas de classe e muitas vezes suas roupas estavam sujas e cheiravam mal.
No início do ano letivo a ficha escolar dos alunos era lida para saber como eram nos anos anteriores.
Quando Tereza leu a ficha de Ricardo ficou surpresa
A professora do primeiro ano escolar de Ricardo havia anotado o seguinte: Ricardo é um menino brilhante e simpático. Seus trabalhos sempre estão em ordem e muito nítidos.
A professora do segundo ano escreveu: Ricardo é um aluno excelente e muito querido por seus colegas, mas tem estado preocupado com sua mãe que está com uma doença grave e desenganada pelos médicos, por isso sua vida deve estar sendo muito difícil.
Do terceiro ano constava a anotação seguinte: a morte de sua mãe foi um golpe muito duro para ele, procura fazer o melhor, mas seu pai não tem nenhum interesse e logo sua vida será prejudicada se ninguém tomar providências para ajudá-lo.
Do quarto ano escreveu: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
Tereza se deu conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Naquele dia, depois que todos se foram, a professora chorou, e em seguida, decidiu mudar sua maneira de ensinar e passou a dar mais atenção aos seus alunos, especialmente a Ricardo. Com o passar do tempo ela notou que o garoto só melhorava.
Ao finalizar o ano letivo, Ricardo saiu como o melhor da classe. Um ano mais tarde Tereza recebeu uma notícia de Ricardo, que lhe dizia que ela era a melhor professora que teve na vida.
Seis anos depois, recebeu outra carta de Ricardo contando que havia concluído o segundo grau. As notícias se repetiram até que um dia ela recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais conhecido como Ricardo.
Mas a história não terminou aqui. A professora recebeu outra carta convidando-a para seu casamento. Ela aceitou o convite, e no dia do casamento estava usando a pulseira que ganhou de Ricardo anos antes e também o perfume. Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e Ricardo lhe disse ao ouvido:
– Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir importante, mostrando-me que posso fazer a diferença.
Mas ela, com os olhos banhados em pranto sussurrou baixinho: -Você está enganado, foi você que me ensinou que eu podia fazer a diferença.
Sempre é possível fazer a diferença na vida de alguém, com uma palavra, um abraço, um poema ensinado com amor, enfim podemos fazer a diferença com o que possuímos.
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