L.C.S
Deixa eu te contar um babado. Sabe aquele amigo que se separou e casou de novo? Então, soube umas coisas cabeludas. Quer saber? Mas vou contar mesmo assim. Eu soube que já tá com outra. Mas que rápido. Olhe, eu tem horas que penso e desacredito. Até a minha amiga lá, era superfeliz, trinta anos casada, e aí? Descobre que tá sendo traída com uma piriguete, coitada, você precisava ver a cara dela. E o marido? Esse foi ‘iludibriado’. Só quer a grana dele. Mas, diga alguma coisa! Sempre assim. Não posso te contar nada né? Trouxe alguma coisa pra mim? Nega maluca? Oba! Eu podia vender brownie, até já tenho as etiquetinhas na gaveta. Não acredito que você foi trabalhar com essa camiseta. Preciso que você faça um negócio pra mim. Essa semana. Pregar uns pregos ali. Depois tire o carro. Daí dê uma arrumada ali no quarto. Faz favor. Não me olhe com essa cara. Cuide um pouquinho dela pra mim. Tô tão cansada. Vai com o papai. Que linda! Ai não é fácil viu. E vamos comer o quê? Peixe? Você nunca fez peixe. Tudo bem tudo bem. Se você diz. Inteiro assim? E a ‘guelda’? Sonhei que tava fumando, cigarro de cereja. Fumando e acelerando. Daí chegava numa praia. Um dia eu fumo. Ah mas pera aí. Você tava numa festa. E tinha uma mulher. Você não sonhou com cachorro esses dias? Tá vendo! E eu falava com você e você nem dava bola. Traição cachorro. Olha lá hein. Ui não aguento o cheiro desse cachorro aí fora. Tá cheio de mosca. Nem venha. Me solte. Mas! Deixe eu terminar aqui. Viu as fotos que imprimi? Tô achando a Marília meio quentinha hoje. Ai o nordeste! E nós aqui nesse frio. Dei um caixão esses dias Giu. Fomos na feirinha né. Eu tua mãe e tua irmã. Aí eu queria um chapéu. E tinha um cara vendendo um monte de chapéu ali. Aí eu cheguei perto e perguntei: tem chapéu de catar coquinho? E o cara: o que? Ah cata ovo você quer… e eu ali parada, todo mundo rindo. Até tua mãe. Sou a rainha do caixão. Ah quartafeira quero ir na feira. Faz tempo que não vou. Comprar leite de verdade. Mais um caixão. Lembra que você tava me falando que se a pessoa leva uma picada de cobra, e se outra pessoa não tiver cárie, ela pode chupar o veneno e cuspir? Então. Veja só. Fui no dentista né. Aí eu tinha uma cárie só. Aí ele arrumou. E eu: agora já posso chupar o veneno de uma cobra. Você tinha que ver a cara dele. Que vergonha. Continuando, só um ‘adentro’, e o marido pensa que é pai do filho. ‘Iludibriado’. Igual aquele ator que a gente gosta lá da série. Faz uma massagem? Ai que dor nas costas. Que bom. Uma vez fiz um dia de academia. Que dor. Imagina essas mulheres da ginástica. Dando aqueles mortal ‘carpatio’ lá? Não é carpatio? E como que eu disse? Outra coisa Giu. Não tô gostando dessas curtidas aí. Quem é essa vagabunda? Sei. Você tá muito ‘inzibido’. E aquele colchão que mandamos. Tudo ‘mucho’. O carro tá com um probleminha. Você acelera, ele faz um barulhão, e não anda. Não deve ser nada. Tá velho né. Vem cá filhinha. Oi. Dormiu? Vou pôr ela no moisés. Vou comer um pedaço dessa nega. Só uma ‘resba’. A do super é melhor. Ai tô cansada. E você? Não me conta nada. Sabe quanto aquele criado mudo? Nem vou te contar. Mas ficou bem bonito. O M também. Se alguém não tivesse riscado. E daí que ficou torto? É meu. O M é meu. A vizinha aqui, escutei, disse que vai pro Ceará. Será que ainda entro nessa calça? Não agora não. Vou tomar banho. Mas por que banho antes de comer? Não dê ‘piteco’. Eu que sei. Ah outra coisa. No sonho tinha um lugar lá na praia cheio de ‘butuca’ de cigarro. Estranho né? Tá bom. Vou tomar banho. Me espere.
Leave a comment