Livro: Um dos meus mais caros amigos
No romance Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, publicado em 1953, em um regime totalitário, os livros são proibidos, assim como as opiniões próprias são consideradas subservisas e hedonistas e o pensamento crítico é suprimido.
Nessa sociedade os “bombeiros” têm como função principal queimar qualquer tipo de material impresso, pois foi convencionado que a literatura é um propagador da infelicidade.
Mas há um personagem, um dos bombeiros, que começa a questionar tal barbárie ao ver uma mulher preferir ser queimada com sua vasta biblioteca ao invés de permanecer viva.
Através dos anos, o romance foi submetido à várias interpretações, primeiramente, focadas na queima de livros pela supressão de idéias dissidentes. Bradbury havia declarado que o romance não trata de censura, ele declara que Fahrenheit 451 é uma história sobre como a televisão destrói o interesse na leitura.
A intenção de Bradbury também era demonstrar a importância da literatura, que é o que, efetivamente, faz a Fundação de Cultura de União da Vitória ao implantar projetos como o Clube do Livro e o Programa de Incentivo à Leitura, isso sem falar na Feira do Livro, já em sua quarta edição, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e que desde o ano passado conta com um novo parceiro, o SESC PR, unidade de União da Vitória, que neste ano trouxe para a cidade a Semana Literária, com a Feira do Livro sendo nela inserida.
Menciono ainda que Fahrenheit 451, foi transformado em 1966, por François Truffaut, em emblemático filme.
Faço toda essa introdução para abordar uma pequena crítica do caro amigo Odilon Muncinelli, no jornal O Comércio.
Apenas para esclarecer ao amigo, só não houve lançamento de obra de um autor local, porque o jovem Mauro Prestupa, autor de, O Pêndulo do Terror, lançado há cerca de 60 dias, pela editora paulista Novo Século, por falta de tempo, mesmo convidado pela Fundação de Cultura, não pode fazer durante a Feira, uma noite de autógrafos. Oportuno ressaltar que a Fundação foi uma das incentivadoras de Prestupa, que usa o pseudônimo de Roger Pencew.
Isso também sem falar que o autor Thiago Marés Tizzot, que usa o pseudônimo de Estus Daheri, e, que durante o coquetel de encerramento da Feira, autografou sua obra A Ira dos Dragões. E ao lado de seu irmão Frederico, é o responsável pela publicação da revista literária Arte e Letra, publicada pela editora homônima, de propriedade da dupla, que é de tradicional família de União da Vitória. A família Marés de Souza. Tanto que seu tio avô, Azauri Marés de Souza, ao lado de sua esposa, prestigiou o evento.
Para finalizar, saliento ainda que todas as oficinas realizadas na Semana Literária, foram ministradas por professoras de União da Vitória e Porto União, senão vejamos: Oficina de Origami – Marcia Abilhôa Rodrigues; Como incentivar a leitura – Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel; A Tecnologia vai à escola – Edna Satiko Trebien e Literatura Cantada – Giselda Storck, juntamente, com o coral da APAE de Porto União. As contações de histórias foram feitas pela Cia de Teatro Estação, da própria Fundação de Cultura e composta por 20 jovens, todos residentes em União da Vitória e Porto União.
Foram realizadas ainda duas conferências, a de abertura, intitulada, Leitura e Cotidiano – A formação do leitor, ministrada pelo professor da UEPG, Dr. Sérgio Luiz Gadini e mediada pela especialista em Comunicação e Audiovisual, Nina Rosa Sá, também de União da Vitória, mas residente em Curitiba, e, a Conferência de homenagem à escritora Raquel de Queiroz, ministrada pela doutora em literatura pela UFPR, Assionara Souza foi mediada pelo doutorando em literatura, Caio Bona Moreira, de União da Vitória.
Saliento ainda que a Feira teve seis expositores, a Editora Farrapos, de Erechim, a Editora Côrrea, de Caxias do Sul, a Disul, de União da Vitória e que representou a Editora Arte e Letra, de Curitiba e a Porto Presentes, de Porto União e que representou a Editora Saraiva, de Curitiba.
Como o caro leitor pode observar, a prata da casa foi muito prestigiada no evento que, como citei acima, também contou com livreiros, palestrantes e um escritor de outras cidades, procurando assim promover o necessário intercâmbio de idéias e trazer cada vez mais conhecimento a seus participantes.
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