Louco?
As luzes são acesas e muitos continuam na escuridão. Qual será a proporção de abestalhados em relação aos loucos? Nunca consegui uma resposta satisfatória. O que dizer dos aloprados talibãs, que há alguns anos tentaram matar uma garota de 11 anos, pelo fato comum de ela querer estudar? São doidos ou idiotas? Talvez sejam apenas idiotas. No mais, o fundamentalismo nos afasta das religiões.
A loucura vem sendo apontada como uma das principais causas do desculpismo crônico no mundo. Quando algo ruim acontece envolvendo atitudes humanas, ela é colocada em primeiro plano. Não acredito que “loquear” é o ato isolado responsável pelas ações demedidas dos humanos. Tem que ter uma boa pitada de imbecilidade, irresponsabilidade, mediocridade e ignorância. Dai sim, a loucura pode adentrar como um complemento. Sozinha, não faz muito estrago. Ou faz?
Uma noite destas conversamos sobre o “Reverendo” Jim Jones, o cara que matou centenas na Guiana em 1978. Prometeu o “Fim do Mundo” para seus prosélitos e assim se fez. “Estavam todos tomados pela loucura”, ouvi. Não acredito em loucura total. Creio sim em um bando de disformes mentais que fecharam os olhos para a vida. Ignorância é a principal armadilha para massas. Naquele microcosmos, quem teve um pouco de esclarecimento foi condenado ao inferno bem antes de todos.
Quem leu A Queda – As últimas horas de Hitler sabe muito bem que uma loucura coletiva, nos mesmos moldes da histeria sebastianista, se instalou naquele bunker que se transformou no inferno (o verdadeiro). Mas antes disto, o sectarismo cego avançou massivamente no interior das mentes germânicas. O resultado foi dos mais macabros que se tem notícia.
Quando as pessoas perdem a capacidade de pensar, respondendo apenas aos seus algozes, o desastre é iminente.
Ainda naquele papo chatíssimo sobre Trump, ouvi e vi tanta coisa nessa semana que peguei asco total pelo bilionário americano. A simples constatação de ver seu nome em qualquer matéria ou comentário me leva para o Canto dos Excluídos. “Os americanos são uns loucos varridos para eleger um homem destes para presidente” – é a frase preferida da turma. Não tem nada de loucos. São uns imbecis, e seriam imbecis também se elegem Hillary ou o Pato Donald.
Acredite. A idiotice não respeita fronteiras, credos, culturas e opções. Tem gente “letrada” que é um dos expoentes do zero à esquerda, que a ignorância pediu o boné. Os brasileiros e americanos tem muito mais em comum que vão além da luz das relações. E não é a loucura que os equivalem.
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No meio da semana a mulher de Eduardo Cunha passou pelo crivo mais temido da República. Sentada frente a frente com Sérgio Moro, Claudia Cruz deixou muitos políticos e assessores com aquilo na mão. A venda de Codeína disparou de norte a sul.
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Bob Dylan, que aceitou o Nobel – mesmo contra suas convicções -, já disse que não vai participar em dezembro da premiação em Estocolmo. Compromissos marcados seriam o motivo. Quer saber? Acho que ele está se divertindo muito com a cara de todos.
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