Morrer e nascer
Morte, assunto difícil de ser abordado, mesmo sabendo que a qualquer minuto, hora, dia ou mês ela virá nos levar. Podemos fazer uma analogia com o nosso nascimento, quando ficamos por nove meses no útero de nossa mãe, que é um lugar quietinho, quentinho, literalmente um ninho onde recebemos alimento na hora certa e cuidados necessários para a nossa sobrevivência futura. É o nosso mundo, o único que conhecemos, é repleto de boas e únicas experiências. Passado o tempo, o corpo da mamãe se prepara e nos ajuda a sairmos ou melhor somos expulsos, levados para fora sem ao menos sermos questionados sobre a nossa vontade em ali permanecer, no aconchego do nosso único e conhecido mundo. De repente, nos vemos em um lugar barulhento, repleto de luz, dor pelas palmadas, e o choro é o que nos resta. Passado algum tempo nos sentimos acarinhados pelo papai e mamãe, que nos dá o seio e nos descortina aos poucos todas as surpresas que prepararam para nos receber. Claro, que estamos falando em uma família estruturada, e um lar, então aquele mundo que foi só nosso, (útero) o qual pensávamos ser o único, onde tínhamos tudo, acaba sendo esquecido, nem cogitamos para lá voltar.
Semelhante, a morte nos leva sem nos questionar, ela ainda é tida como um tabu, muitos já foram vencidos, porém a “Morte”, ainda traz grande mistério e medo, ouvimos muitas vezes a expressão; não estou e nunca estarei preparado para morrer. As crianças são poupadas em velórios, os pais as querem longe dos que morrem, nem conseguem dizer seu adeus, porém se elas fossem acostumadas aos velórios, entenderiam melhor o significado de “está junto de Jesus”. Certamente, se fôssemos questionados, indagados, na hora da morte, provavelmente, não deixaríamos esta vida, por pensar ou não saber o que encontraremos do outro lado, mas se papai e mamãe, aqui, na Terra, nos proporcionaram um mundo bom, (dentro de suas possibilidades), não há dúvidas de que Deus Criador, nos dará no mundo espiritual, todas as dádivas de que somos merecedores, pois o Mestre Divino, nos prometeu uma vida de acordo com nossas obras, por isso, o nascer é uma analogia do morrer.
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