MUSEU DE ARTE INDIGENA (MAI)
Foi inaugurado no dia 18 de novembro em Curitiba, mais precisamente no Bairro Água Verde, o primeiro museu particular do país dedicado exclusivamente à produção artística dos povos indígenas do Brasil.
São cerca de 700 peças divididas entre plumária, cerâmica, cestas, instrumentos musicais e máscaras de rituais. As peças têm curadoria de Anna Itália Paraná Mariano. O museu é fruto de 17 anos de trabalho de Julianna Podolan Martins em expedições às mais diversas etnias e contempla a diversidade cultural dos principais povos do território nacional.
O museu estará aberto ao público das 10h ás 18h, de terça feira a domingo, o endereço é Av. Água Verde, 1413.
O Museu de Arte Indígena (MAI) propõe uma imersão no universo dos índios brasileiros, explorando os sentidos do olfato, visão e audição dos visitantes, o MAI tem mais de 700m² de exposição e com um acervo de obras relevantes da cultura indígena, como cerâmica, cestarias, máscaras ritualísticas, objetos e adornos, com destaque para a arte plumária.
Julianna Podolan Martins, a administradora do museu, começou a adquirir objetos indígenas após uma visita a uma aldeia no Mato Grosso do Sul em 1997.
Desde então, Julianna passou a realizar expedições a aldeias, comprar peças que simbolizam suas culturas e a pesquisar, intensamente, as etnias indígenas brasileiras. O museu foi projetado para retratar as riquezas culturais e a diversidade indígena no Brasil. As paredes seguem linhas orgânicas, inspiradas no formato de uma sucuri. Dividido em dois ambientes, que representam o ar e a terra – elementos que fazem parte da cultura destas etnias, o primeiro andar é dedicado principalmente à arte plumária; e o segundo, às cerâmicas, objetos ritualísticos, musicais e cotidianos.
Povos indígenas no Paraná
No Estado do Paraná existem atualmente três etnias indígenas: Guarani, Kaingang e Xetá. A grande maioria vive nas 17 terras indígenas demarcadas pelo governo federal, onde recebe assistência médica, odontológica e educação diferenciada bilíngüe. A economia dessas comunidades indígenas baseia-se na produção de roças de subsistência, pomares, criação de galinhas e porcos. Para complementar a renda familiar, produzem e vendem artesanato como cestos, balaios, arcos e flechas.
Professores índios alfabetizam as crianças na língua Guarani ou Kaingang, o que tem contribuído para a valorização dos conhecimentos tradicionais e a conseqüente preservação da identidade cultural. É grande a influência que o paranaense recebeu desses grupos indígenas. Na culinária, além do consumo da erva-mate fria ou quente, adotamos o costume de preparar alimentos com mandioca, milho e pinhão, como o mingáu, a pamonha e a paçoca.
No vocabulário é freqüente o uso de palavras de origem Guarani para designar nomes de espécies nativas de frutas, vegetais e animais. Podemos citar como exemplos: guabiroba, maracujá, butiá, capivara, jabuti, biguá, cutia. De origem Kaingang temos os nomes de municípios como: Goioerê, Candói, Xambrê e Verê. Existem brinquedos infantis que são de origem indígenas e que nunca pensamos que seriam desta origem, como: estilingue, a bolinha de gude, a peteca, jogos de tabuleiro, perna de pau, peão e também muitas brincadeiras infantis.
Eliziane Schaefer Buch – elizianebuch@gmail.com Licenciada em Artes Visuais pela UNC, pós-graduada em Metodologia da Ação Docente pela UNIUV, pós graduanda em Arteterapia pela Censupeg, bacharel em Ciências Econômicas pela FAE (Curitiba). Membro da Academia de Cultura Precursora da Expressão (ACUPRE), Associação dos Artistas Plásticos Amadeu Bona. Professora de Artes da SEED Paraná.
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