O impossível é possível
Foi há quase dez anos atrás: tinha escrito um texto sobre uma empresa francesa de catering que participou da licitação do Panamericano 2007. Os representantes da empresa, da qual não consigo lembrar o nome agora, desistiram da cooperação quando os nobres representantes da organização ofereceram o famoso suborno para ganharem um dinheiro a mais. “Estamos fora”, disseram os franceses.
Lembro também que a produção das medalhas do Pan não teve licitação alguma. O Sr. Carlos Augusto Nuzman, presidente do COB, escolheu a toque de caixa, uma empresa totalmente desconhecida. Para nós, claro. O proprietário era uma pessoa muito ligada à Nuzman. A turma não perdoou e o então Governo Federal pagou a conta.
Já a construção da estrutura olímpica – desde alojamentos até estádio – seriaa bancada pela iniciativa privada. Não apareceu ninguém. Mais uma vez, a conta foi para o bolso do contribuinte. Essa até hoje não entendi. Como a Odebrecht, sinonimo de corrupção e formação de quadrilha não abocanhou essa enorme fatia? Tenho a impressão que lá pela 80ª fase da Lava Jato possa aparecer alguma coisa…
Há uns anos atrás, o Engenhão, estádio construído especialmente para o evento, foi interditado. A estrutura da cobertura das arquibancadas cobertas corria o risco de desabar. Os técnicos constatam erros primários de engenharia além de materiais fatigados. Traduzindo: improviso e insumos de segunda linha. Já a conta foi de primeira e pagamos de novo.
Sobre o famoso “legado” que insisitiram em usar como mais uma propaganda enganosa corriqueira, é tão real quanto o Trem-Bala daquele ser que um dia o povo colocou na cadeira de presidente.
Vou deixar claro é que a grande imprensa não escreveu uma linha sequer sobre estes acontecimentos (exceto sobre o Engenhão, e mesmo assim anos depois). Era uma época obscura, os caras reinavam como donos do Brasil e o povo ria apaspalhado de qualquer merda que fizessem. O dinheiro rolava solto, mandavam zilhões para os irmãos de ideologia que nunca deu certo em lugar nenhum desta dimensão e até refinarias da Petrobras eram “doadas” para cocaleiros da América do Sul. Farra total com nossa grana.
A notícia no Le Monde sugerindo que há indícios de corrupção na escolha do Rio de janeiro para as Olimpíadas 2016 só surpreende os portadores de arreios. Era só ver juntos Lula, Sérgio Cabral e Nuzman delirando abraçados após o anúncio da vitória do Rio, que era questão de tempo para algo aparecer. E se assim foi, não vamos nos surpreender se a Odebrecht aparecer novamente despejando dinheiro na mão dessa corja dos infernos.
Não precisa pensar muito: se fizeram o que fizeram no Pan, pense no empenho em a outrora Cidade Maravilhosa ser indicada para os jogos de 2016. Quando tem a dupla Barba Nove Deddos e o Surrupiando Cabral no meio, até o impossível acontece.
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Investigações sobre Caixa-dois da Odebrecht – de novo! – chegam aos tucanos. A única certeza que temos é que essa guerrinha mortadelas x coxinhas (que foi criada pelo PT e aceita por muitos idiotas) é uma das piores coisas que já aconteceu no Brasil. Nem um nem outro valem nada.
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Só para avisar os que insistem nessa tecla manjadíssima: quem votou no Aécim em 2014 votou contra o PT. Vejam a que ponto já chegamos por causa dos assaltantes do Brasil.
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Depois de Bolsonaro, Alvaro Dias e João Dória já são citados pela papagaiada para a eleição de 2018. O lado positivo disso é que teremos opções diferentes dos últimos doze anos. Lástima para Dória, por estar atrelado aos tucanos.
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