Operários Tarsila do Amaral
Esta obra pintada por Tarsila do Amaral, artista brasileira, do movimento modernista, retrata o momento da industrialização brasileira, principalmente, a paulistana. Com Getúlio Vargas, o País passou a se industrializar a classe operária começou a surgir, a obra mostra a diversidade cultural de um povo oprimido pelas elites, representada pela fábrica ao fundo. Embora as pessoas estejam em primeiro plano e todas tenham traços diferentes, não é fácil diferenciá-las. Elas parecem todas iguais, representando, portanto, um sistema que massifica o cidadão.
Os operários são apresentados com os rostos sobrepostos, o que remete à massificação do trabalho e às condições precárias de vida nas cidades. Diversas etnias aparecem na obra, fazendo menção à migração de diferentes locais do Brasil e do mundo para as grandes metrópoles. A expressão dos operários representados passa ao espectador a sensação de tristeza, indiferença e cansaço. Esses sentimentos representam as péssimas condições de trabalho às quais os migrantes estavam submetidos, assim como remetem à falta de perspectiva que predominava no contexto de opressão da Era Vargas.
Café Cândido Portinari
Ao observarmos a obra, vemos figuras humanas com os pés e as mãos bastante grandes, os corpos sugerindo volume. Esses detalhes revelam o trabalho diário nas plantações de café, que exigiam força e muita disposição das pessoas. O corpo humano sugerindo volume e os pés enormes, que transmitem a sensação de que as pessoas se relacionam intimamente com a terra, sempre representada em tons vermelhos.
São homens e mulheres que trabalharam com o café, alguns colhendo, outros ensacando, outros carregando. Era um trabalho pesado. Lembrança das famílias imigrantes italianas que aqui chegaram no fim do século XIX para trabalhar na colheita do café no interior de São Paulo.
Fonte:
http://www.brasilcultura.com.br
Eliziane Schaefer Buch – elizianebuch@gmail.com Licenciada em Artes Visuais pela UNC, pós-graduada em Metodologia da Ação Docente pela UNIUV, e Arteterapia pela Censupeg, bacharel em Ciências Econômicas pela FAE (Curitiba). Membro da Academia de Cultura Precursora da Expressão (ACUPRE), Associação dos Artistas Plásticos Amadeu Bona. Professora de Arte da SEED Paraná.
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