Os anões errados e um clássico
Há alguns dias venho pensando em escrever sobre o pífio desempenho da Seleção Brasileira de Futebol nesta Copa do Mundo. Cheguei à conclusão de que não vale mais que cinco linhas; Dunga é uma piada. De mau gosto. Felipe Melo, Gilberto Silva, Josué, Michel Bastos, Gilberto, Júlio Batista, Cleberson, Grafite, Doni, nunca figurariam entre os 50 melhores do Brasil, quanto mais entre os 22. Precisa dizer mais? Creio que sim. Jorginho também foi outra piada de péssimo gosto. Faltou apenas o futebol brasileiro. Dunga quis “europeizar” nosso futebol. Deu no que deu. E pior, além dos anões errados, Dunga e Maradona, o do outro lado do Rio da Plata, comenta-se que vem por aí Leonardo. E Felipão e Muricy, e Mano e Dorival Jr e Ricardo Gomes?
Chame-se então Joel Santana, que além de ter treinado a África do Sul, foi campeão carioca pelo meu Flu, pelo Bota do Cadinho, pelo Vasco de meu cunhado Marquito. E também pelo Fla do Bruno, o goleiro que indignou o Brasil ao defender seu colega Adriano, dizendo que: “é normal sair na mão com a mulher”. Deu nisso que estamos vendo agora.
Pra terminar com o futebol: o pragmatismo da Alemanha parou no belo futebol da Espanha. Já era para ter parado na Argentina se Dom Diego não tivesse atrapalhado. Espero que a tal Laranja, que joga um futebol feio e previsível não estrague a festa da Fúria.
Será que sou um dos últimos românticos?
Lembrei de mais uma antes de sair da bola, pelota ou jabulani. O grande feito do talvez futuro técnico da Seleção Brasileira, Leonardo, aquela cotovelada em um adversário, que resultou em sua expulsão, fez com que Branco do meu Flu entrasse, e, mandasse aquele balaço de falta contra a Holanda, que abriria o caminho para o tetra.
Agora poderemos ter Leonardo de novo. Coisas do futebol, ou será que Charles de Gaulle tinha razão, o Brasil ainda não é um país sério?
Sempre gostei muito de rádio, provavelmente, por ter crescido dentro delas. Meus tios Lulu e René trabalharam muitos anos nas rádios locais. Lulu dirigiu a Colméia e a União e René foi o responsável pelo departamento de jornalismo de ambas. Dessa forma cresci ouvindo rádio. Ainda na pré- adolescência descobri as Rádios: Mundial do Rio de Janeiro, Excelsior, de São Paulo, Continental, de Porto Alegre e Iguaçu, de Curitiba, onde trabalhou minha prima Janice Augusto Rost.
Creio vir daí minha paixão pela música e às vezes minha ânsia de obter diferentes gravações de uma mesma canção.
Há cerca de três meses perseguir a clássica Rainy Night in Geórgia, de Ray Charles. Achei inúmeras versões, como a de Aaron Neville, Randy Crawford, Rod Stewart, Conway Twitty e Sam Moore, a do próprio Ray Charles e a mais bonita de todas, com o soul man, Otis Redding, morto, precocemente, em um acidente aéreo.
Ouço muito a Eldorado FM, a UEL FM, a Itapema FM e, algumas emissoras norte americanas de jazz e, ainda, o genial site Stereomood, entre outros. Mas quando estou no carro, costumamos ouvir a Antena 1, e, foi nela que ouvi uma bela gravação da clássica canção italiana, Estate, que até então só havia escutado com João Gilberto e também com o trumpetista Chet Baker. Na Antena 1, ouvia com uma cantora italiana pra mim até então desconhecida. Mas minha mulher descobriu quem era a tal cantora, Giusy Ferreri, uma italiana da nova geração. Aí sai à procura de mais gravações da música. Achei com Irene Grandy, Bruno Martino, Sergio Cammarieri e Arturo Sandoval. Todas piu belas, mas nem uma que supera as versões cool de João Gilberto e Chet Baker.
Meus caros amigos ouçam e me contem o que acharam.
Meu e-mail é delbrai@gmail.com
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