Um companheiro de muitos anos, principalmente das segundas-feiras
Conheci Mário Cesar Patruni no final da década de 70, apresentado por outro old friend, Brittes Antônio Brittes. Quando fui assessor de imprensa do ex prefeito Gilberto Brittes, de 80 a 82, estreitei laços de amizade com Mário e que culminariam com este cronista coordenado sua campanha ao Legislativo Municipal de União da Vitória em 1988.
Na época Mário era diretor da empresa Ivo Kerber e realizava um excelente trabalho no meio esportivo, com o time de futsal da empresa, sendo destaque no estado e em todo sul do país, chegando a vencer uma competição sul brasileira. Tal feito da equipe dirigida por Mário lhe conferiu notoriedade nos meios esportivos locais e abriu as portas para o início de sua caminhada na política partidária.
Nas apurações das eleições municipais de 1988, deixamos o Ginásio de Esportes do Clube Apolo, local onde os votos eram contados, cabisbaixos, uma vez que Mário não havia sido eleito. Fui para casa e resolvi, de posse dos votos nominais de todos os candidatos, assim como dos votos atribuídos às legendas, refazer os cálculos que determinavam o quociente eleitoral e o quociente partidário. e verifiquei que havia um erro de cálculo e que Mário estava eleito. Fui até a casa do então presidente do Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, Wilson da Silva e lá mesmo escrevi um recurso, com os cálculos refeitos. Wilsinho assinou o recurso e o levamos até o Apolo. Os votos foram recontados e Mário estava realmente eleito, ficando de fora Airton Maltauro Filho, que embora um dos mais votados nominalmente, a votação de seu partido não conseguiu atingir o quociente eleitoral.
Tornei-me o mais assíduo parceiro de Mário no jogo de truco e entre todos nossos amigos éramos a dupla mais afinada, a única capaz de fazer frente a outro de meus caríssimos amigos, Luiz Alberto Pasqualin, um dos melhores jogadores de truco que já vi jogar e que muito em breve será o personagem de uma de minhas crônicas.
Creio que nosso maior feito na vida de truqueiros foi num campeonato promovido pela Associação Atlética Iguaçu, no Ginásio de Esportes Isael Pastuch, com a participação de mais de 300 duplas e cujo primeiro prêmio era um boi, cabendo ao segundo e terceiro colocados um carneiro.
Começamos a jogar por volta de duas da tarde e fomos ganhando as disputas.
Por volta das 7 da noite, quando já estávamos nas oitavas de final, Mário teve que ir embora, pois era padrinho de casamento de um familiar seu.
Fomos até o organizador do torneio, o presidente do Iguaçu, Odenir Borges, que disse que se pagássemos a inscrição novamente, poderíamos substituir Mário e prosseguir jogando. Foi o que fizemos, nos reinscrevemos e substituímos Mário por José Maria Martins o popular e de saudosa memória, Paquinha.
Ganhamos as oitavas e as quartas de final e perdemos a semifinal para o então gerente da Caixa Econômica de União da Vitória Luis Henrique e para Mário Lúcio Pereira Ferreira, ex gerente daquela agência. Fomos para a disputa do terceiro lugar e ganhamos, enquanto Luis Henrique e Mário, que havia conseguido me irritar, insistindo que eu calçava o baralho e surrupiava os três, perderam para uma dupla fraquíssima. E é claro, quem me conheceu na época, sabe que nunca me apropriei dos três, ou será que sim, já nem lembro.
Também ganharíamos o Torneio de Truco promovido pelo SESI local entre os órgãos de comunicação.
Mas nem só de baralho sobreviveu nossa amizade, com Mário durante alguns anos sendo colunista deste jornal e responsável pela coluna Caiçara Regional, que cobria os municípios da região.
No período em que ele foi vereador acompanhei-o em diversas viagens de trabalho, assim como acompanhei seu desempenho como vereador, sem dúvida um legislador competente, um dos melhores que União da Vitória já teve e um de meus mais caros amigos.
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