Uso excessivo da tecnologia é discutido na Assembleia Legislativa do Paraná
Por proposição do presidente da Comissão de Educação, deputado Hussein Bakri (PSD), os efeitos das novas tecnologias no processo educacional e na saúde física e mental das pessoas foram discutidos na manhã de terça-feira (7), no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná. Com a participação dos deputados Guto Silva (PSD) e Maria Victoria (PP), especialistas convidados abordaram diferentes aspectos sobre o tema, mas foram unânimes em afirmar que os relacionamentos interpessoais estão diminuindo cada vez mais.
“Vivemos uma distração permanente, as pessoas estão desligadas daquilo que as cerca. O problema não está na tecnologia, mas no distanciamento entre as pessoas”, disse o médico José Jacir Leal Júnior. Segundo os profissionais, embora a tecnologia seja fundamental e um grande instrumento de aprendizado, também a cultura do individualismo vem sendo intensificada com o uso das novas ferramentas.
“De cinco casos que chegam à clínica, posso dizer que três deles são relacionados à interferência excessiva da tecnologia. As famílias estão enfrentando essas situações, porque embora a gente não possa negar a importância de um mundo cada vez mais conectado, está havendo falta de diálogo e de interação entre as pessoas”, afirmou a psicóloga e terapeuta Vera Carvalho.
Ao final da audiência pública, o deputado, Hussein Bakri, ressaltou a importância deste tipo de discussão, e afirmou que novas reuniões sobre o assunto serão pautadas no Legislativo. Na próxima terça-feira (14), às 10 horas, no Plenarinho da Assembleia, serão apresentadas alternativas e estratégias a serem desenvolvidas pelo grupo, que deverá nortear um trabalho de mobilização por todo o Estado. “Pensamos também em elaborarmos cartilhas educativas sobre o tema, para distribuirmos nos 32 Núcleos de Educação, com uma campanha mais efetiva e permanente de orientação sobre o assunto nos colégios”, afirmou Hussein.
Representantes das Secretarias de Estado da Educação e da Secretaria de Estado da Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba e da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), também participaram das discussões.