Vigilância Sanitária não mede esforços contra o Aedes aegypti
A equipe de combate a endemias organizou no inicio do mês de fevereiro um mutirão de limpeza no cemitério Municipal de União da Vitória, onde foram coletadas várias larvas para análise. O resultado do laudo de identificação de larvas confirmou que a espécie encontrada era do Aedes aegypti. “Quando são encontrados espécimes positivos é realizada a Delimitação de foco em um raio de trezentos metros a partir do local, nessa área tentamos visitar 100% dos imóveis a fim de encontrar outros criadouros e eliminá-los” afirma Wagner de Moura Santos, coordenador de endemias.
O setor de combate a endemias esta inserido na Vigilância Ambiental, sendo esta uma das Vigilâncias que compõem o grande setor da Saúde. Sua principal atividade esta relacionada ao monitoramento e controle de vetores, sobretudo o do mosquito Aedes aegypti. “A nossa principal atividade é o Programa de Combate a Dengue cujas ações visam o monitoramento, descoberta e eliminação de focos do mosquito Aedes aegypti, bem como a parte de educação ambiental através da orientação para que sejam evitadas as condições para proliferação do Aedes aegypti. Como sabemos hoje esse mesmo vetor é responsável por transmitir os vírus da Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela Urbana” Ressalta o coordenador.
Cabe ressaltar que a febre amarela é transmitida no seu ciclo silvestre pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes e no ciclo urbano pelo mosquito Aedes aegypti, OS MACACOS NÃO TRANSMITEM A DOENÇA, eles são vitimas assim como os humanos. Quando forem encontrados macacos doentes ou mortos deve ser comunicado o Departamento Municipal de Vigilância Sanitária imediatamente para que seja realizada a coleta/captura.
“Participamos regularmente das Reuniões do Conselho Municipal de Saúde, do Comitê Inter Setorial de Combate a Dengue e reuniões das unidades de saúde onde são expostas informações referentes à situação epidemiológica tanto do Estado quanto do município, tais atividades visam, além de informar, aproximar os Agentes de Combate a Endemias e a comunidade”, considera Santos.
A atividade de fiscalização é amparada por lei estadual e municipal que elenca algumas obrigações em relação aos cuidados que devem ser tomados pelos proprietários dos imóveis com a finalidade de evitar a criação de potenciais criadouros e impedir a proliferação do vetor. Essa lei prevê multas que podem variar de acordo com gravidade da situação, número de focos encontrados, reincidência e seus valores são corrigidos mensalmente através do Fator de Conversão e Atualização do Estado do Paraná (FCA), podendo variar, atualmente, entre R$253,70e R$25.370,00.
No ano de 2016 foram identificados 125 focos positivos para Aedes aegypti, já em 2017 esse número subiu para 289, aumento de cerca de 230%. Esse ano, até a segunda semana de fevereiro, já foram identificados 96 focos. Os bairros com maior incidência são Navegantes, Ponte Nova, São Bernardo, São Basílio, Rocio, Rio D´Areia, Limeira, Cidade Jardim, Sagrada Família e a região central. União da Vitória é classificada como município INFESTADO, pois o vetor se encontra domiciliado, ou seja, sua presença não é mais restrita a pontos estratégicos e armadilhas, sendo encontrados também em residências, comércios e demais tipos de imóveis.